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terça-feira, 20 de julho de 2010

Beleza: encontro com a realidade

© Photobucket.com

Salve salve meus amigos!

E então encerramos o curso de Estética: uma visão bíblica. Espero que vocês estejam vendo o mundo com outros olhos! Durante essas 15 semanas tivemos vislumbres magníficos da glória de Deus, nas pequenas e nas grandes coisas, no ordinário e no incomum, no leve e no pesado, no visível… e no que só se pode ver pela fé. Estou feliz pelo que já vi.

A beleza de Deus, sua glória e poder, trouxe-nos à realidade de quem Ele é e quem nós somos, dissipando as nuvens da descrença, do desespero e do desamor. O ser humano frequentemente se embrutece quando privado do belo, do bom e do verdadeiro. Incapaz de discernir a verdade das coisas, ergue ídolos para si que, longe de lhe darem amor, lhe aumentarão as ilusões e o farão ainda mais bruto e capaz de afundar cada dia um metro, cada mês um abismo, cada ano uma vida inteira desperdiçada longe de Deus.

Contra essas trevas, os cristãos proclamamos: a beleza existe! Tudo que Deus fez, coroou com glória e perfeição, santificando os caminhos, as estruturas, os lugares, os sistemas — e a humanidade para o seu louvor. Se a presente ordem de coisas está radicalmente diferente disso, já sabemos que se trata de uma força ilegítima, estranha, que, porém, já foi derrotada na cruz. O Reino já está entre nós.

Que vocês saiam do curso com essa visão. Que consigam interpretar o que Deus faz, que é para o nosso bem maior. Que seus corações estejam livres do perfeccionismo, do materialismo e de toda forma de pensamento contrária à beleza de Cristo.

Um grande abraço a todos que passaram pelas nossas aulas, ainda que não tenham ido até o fim, isso não importa. Deus nos ama até o fim, isso importa.

Sintam-se livres para passar adiante os textos, artigos e demais arquivos do curso, mas com uma condição: a quem entregarem, que seja com um sorriso no rosto. Com convicção, oras!

A gente se vê num próximo curso e por aí.

Um forte abraço,

Ariel

Redações dos alunos

Cidadania Celestial no Mundo de Hoje

O texto de Mateus 5. 1-20 trata daqueles que são considerados cidadãos dos céus. Algumas características são realmente marcantes e valem a pena ser comentadas. Primeiro, o contexto em que Jesus diz isso. Ele diz isso aos seus discípulos. E é um texto para discípulos. Esse texto tão comentado jamais poderá ser vivido por alguém que não tem comprometimento com o mestre. Acho que essa é a primeira lição que nós podemos aprender sobre cidadania celestial. Não importa muito de onde viemos ou para onde vamos, em certo sentido... Importa o nosso grau de lealdade ao mestre. Antigamente, na época de Jesus, os discípulos sempre andavam junto com o mestre, sempre o escutavam, sempre tentavam fazer tudo o que ele mandava. Os discípulos viviam com o mestre. Os cidadãos dos céus realmente se diferenciam por essa proximidade. Por isso esse texto é tão difícil para alguns. Somente estando conscientemente próximos d’Ele podemos passar para as bem aventuranças.

E aqui eis um texto difícil. O fato de Jesus falar de aventuranças em condições tão difíceis me faz refletir sobre até que ponto pode o homem chegar ao nível do sermão. Tolstoi é um exemplo clássico daquele que tenta, mas não consegue. Ele é um exemplo pois ele tentou. Ele é um exemplo porque ele chegou à conclusão óbvia: ninguém consegue. O padrão do reino não pode ser alcançado aqui. Mas ao contrário do que pensam alguns, eu concordo que o nosso dever como cidadãos do céu é justamente espalhar essas bem aventuranças com nossas vidas. Tentar ir além é o nosso dever. O tão famoso salto de fé é condição necessária para ser cidadão celeste. Sem fé é impossível agradar a Deus.

Agora, fica a questão. Como fica nossa cidadania celestial aqui na terra. Logicamente, não é nosso dever fugir do mundo. Os limpos de coração, os que choram, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os humildes, todos eles são bem aventurados não porque vivem sozinhos, mas porque vivem neste mundo. Eles são bem aventurados por ser sal numa terra que ainda não viu a restauração de todas as coisas. São bem aventurados porque trazem luz em meio às trevas! Nosso dever celestial é iluminar, salgar, fazer a diferença. Ninguém faz isso escondido do mundo. É o que diz os versos 14-16.

Os cidadãos do céu trazem boas novas também. A lei foi cumprida em Cristo, como diz o verso 17-19. Isso significa que uma nova era foi inaugurada. Jesus cumpriu a lei e seus discípulos agora podem apregoar esse novo reinado de paz que logo será consumado, no sentido em que ele irá invadir tudo aqui de uma vez por todas. Nossa cidadania passa por essa responsabilidade. Veja o verso 19. Mesmo aquele que não cumprir esses mandamentos, mas ensinar, tem lugar garantido neste reino. Porém, é nosso dever, como diz Jesus na parte b, observar e ensinar, buscar ser esse grande homem do reino do céu.

Concluindo, toda vez que eu leio esse texto, eu tento fazer uma conexão com o primeiro verso de Mateus. Quando Jesus se assenta e começa a ensinar seus discípulos, ele já via o futuro, ele já via nossas vidas. Nós não temos nem podemos ver o futuro, mas é como já disse alguém: o professor se eterniza, embora ele não saiba até onde ele chegará. Há, como sempre, e aqui também, nas escrituras essa tendência de enxergar o futuro, de apontar para uma nova era. Mas eu acho que nem lá, nos céus, poderemos compreender o quanto somos importantes, o quanto nós ensinamos ao mundo, o quanto de beleza trazemos ao nosso redor...

Ismael Patriota

Observações do professor — Caríssimo:

  • A proximidade do Mestre faz toda a diferença. Cristo está conosco todos os dias; nesse aspecto, viver as bem-aventuranças deixa de ser uma meta inatingível e torna-se estilo de vida para o cristão. Ninguém está dizendo que é fácil.
  • Tolstoi não conseguiu porque ele não bebia da graça, mas de um enfadonho perfeccionismo. Mas a graça de Deus é capaz de tudo…
  • Só num mundo podre como esse a fé da Igreja pode ser testada, exercitada, questionada. Nosso amor e gratidão a Cristo não seriam os mesmos se não fôssemos submetidos a toda espécie de adversidade, e nossas próprias contradições não fossem expostas. Quem mais perdão e graça recebeu, demonstrou maior amor (Lc 7.36-50).
  • É, Cristo é o maior exemplo para nós.
  • Ensinar sem praticar é hipocrisia, uma coisa muito feia…
  • A Escritura, de fato, apresenta a “tendência” de apontar o futuro; ainda bem! A fé é escatológica; mas nunca utópica ou sonhadora. Mateus 5 é padrão de conduta para o cristão hoje, pois o Reino já foi inaugurado.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Gênese de uma nova criação

Salve salve meus caros!

À medida que nos aproximamos do fim deste curso, quero propor uma volta ao início. Às origens. O texto de João 1 visto no domingo passado mantém-nos a visão em perspectiva: o passado que Deus inaugurou “no princípio” e o futuro que ele gerou em Cristo – ao mesmo tempo gênese nova e uma retomada.

Deus nunca abandonou sua criação, nunca desistiu de sua obra, sempre interveio. Muito embora o cenário original, que era “muito bom”, tenha se corrompido em trevas espessas, ele restaurou todas as coisas em Cristo. A missão do Verbo é essa: buscar o que se havia perdido (Lucas 19.10). A missão da Igreja é essa. O Reino avança, resgatando milhares da miséria, das drogas, do desespero, do desamor. Do vazio. Porque onde não há luz só resta o vácuo tenebroso.

Esse foi um dos textos que mais me marcou ao elaborar o curso. Comparando os cenários de Gênesis 1 e João 1, ressalta evidente que Deus não estava brincando com o mundo ao enviar Cristo para tabernacular entre nós. Ele veio e nos trouxe as grandes bênçãos da aliança: graça e verdade, em ampla plenitude (João 1.14). Urge chegar aos pés do Verbo, pela fé, pois a beleza de Deus faz muita falta por aqui.

Que assunto você mais gostou de discutir na aula passada:

  • A cristologia atemporal de João?
  • O novo nascimento como uma geração de cima?
  • Que Cristo dá a vida e também a preserva com sua luz?

Comente! No próximo domingo encerraremos esta lição e o curso, fazendo um voo panorâmico pela estrutura que construímos até agora. Até lá!

Em Cristo

Seu colega

domingo, 4 de julho de 2010

Dor e beleza: a ironia da cruz


© Codybateman.org

Salve salve meus caros!

Estou sentindo falta dos comentários de vocês. Vamos lá, gente!

A duas aulas do final, já posso dizer que minha visão de vida cristã mudou, e para muuuuito melhor. Não é porque sou professor do curso, que “sei” do conteúdo; e ainda que soubéssemos, teríamos muito mais a aprender (e praticar). No entanto, ver a beleza do que Deus fez e está fazendo fortalece nossa esperança, e nos permite apreciar as bênçãos que ele já derramou em nós no dia de hoje. E como é belo o dia de hoje!

Essa última aula falou muito ao meu coração. Vendo a beleza do que Cristo se dispôs a fazer, e da forma radical que fez, me dei conta de que da minha vida Ele não abre mão assim tão facilmente quanto muitas vezes já pensei, em momentos de dificuldades e angústias. Mas agora leio: “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele…” O que pode ser mais importante e fundamental do que isso?

Por essa paz tão almejada ele suportou uma dor excruciante, erroneamente interpretada pelo mundo como um castigo merecido! Mas sabemos que foi por nós (Is 53.5). Essa perspectiva só se adquire pela fé. É o essencial invisível aos olhos.

Se depois desse curso você tiver sua fé e gratidão ao Senhor aumentados, então teremos alcançado nossos objetivos.

Um abraço, fiquem com Deus, e ótima semana!

Em Cristo

Seu colega